Câmaras do Recife e de João Pessoa debatem emenda constitucional

Os dirigentes das câmaras municipais do Recife e de João Pessoa se reuniram, na manhã desta quinta-feira (22), para refletir sobre a realidade financeira das casas legislativas a partir de primeiro de janeiro deste ano, quando entrou em vigência a Emenda Constitucional 58, que reduz o repasse do duodécimo das prefeituras para as câmaras municipais. A emenda também aumenta a quantidade de vereadores. O encontro com duração de uma hora foi na Sala da Presidência da Câmara Municipal do Recife.

O presidente da Casa, vereador Múcio Magalhães (PT), considerou importante a reunião. “Eu acredito que esta reunião tem dois significados. Primeiro, porque representa o início da articulação com vistas à revisão da emenda constitucional, que é nociva para as câmaras, e em segundo lugar, nasce a proposta para criação do Fórum das Câmaras Municipais das Capitais do Nordeste”.

Na prática, a redução dos repasses do duodécimo para os legislativos municipais chega a 10% da receita.  Os efeitos negativos são sentidos nas câmaras, inclusive na do Recife.  O primeiro-secretário, vereador Augusto Carreras (PV), disse que “mesmo sem ter havido um aumento de despesas este ano, haverá dificuldade de se cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal no que diz respeito aos gastos com pessoal, que prevê um limite de até 70%”.

Esta é a mesma realidade da Câmara Municipal de João Pessoa (PB). O presidente do legislativo paraibano, vereador Durval Ferreira (PP), afirmou que vive o mesmo drama. “A solução que se apresenta para nós, hoje, é cortar pessoal. E isso é a parte mais difícil. Ou cortamos ou não teremos como pagar o 13º, recolher o INSS e pagar férias. As outras opções são cortar a energia, a luz e os telefones da Câmara”.  O vice-presidente, vereador José Freire (PSB), também participou do encontro.

A diretora-geral da Câmara de João Pessoa, Vandeide Araújo, propôs uma organização dos presidentes de câmaras municipais do Nordeste. “Vamos saber o que as câmaras de outras cidades estão fazendo, para ver se é possível aplicar nas nossas. E também propomos buscar compromissos com deputados e senadores, no sentindo de eles reverem a Emenda Constitucional nº 58”.

Múcio Magalhães sugeriu a realização de um encontro formal, ainda sem data, com todos os presidentes das câmaras municipais de capitais, para a criação do Fórum das Câmaras Municipais das Capitais do Nordeste, onde eles lutarão para combater a emenda.

Fonte: Câmara Municipal do Recife

4 comentários

  1. martins lacerda

    Não consigo entender o que passa na cabeçados congressistas, Sera que eles reduz o legislador municipal apenas a cabo eleitoral?Ums sugerem retirar remuneração, outros reduz o repasse do poder legislativo. Sera que não conseguem ver que quanto mais dependentes mais vulnerados. Tamanho poder completamente manipulado pelos gestores/prefeitos, que acabara pagando para ter o que quiser como quiser a todo o tempo. O município acabará pagandomuito maispelos seus serviços que não serão em defesa das comunidades e sim do enteresse proprio dos prefeitos. Quesedigadepassagem estão desviando osrecursoscada vez mais.Vejo que se o vereador fosse melhor remunerado e mais valorizados devido a importancia que tem a suafunção, o pais como um todo avançava mais.

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  3. Ana Maria Souza

    Em nosso municipio de 23 mil habitantes, em julho de 2008 a nos
    sa camara municipal requereu o aumento do numero de vereadores de /
    nove cadeiras para onze, so que este decreto legislativo nao foi /
    acatado. A quem recorrer…..

    Em 01/05/2010

  4. DANILO FALCÃO

    Colega Sandra,

    Me parece que a espécie normativa utilizada não foi adequada. A fixação do némero de Vereadores do Município deverá ser implementada via emenda a Lei Orgânica,pois é ela que deve dispor a esse respeito.

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