O vereador Bruno Farias (PPS), de João Pessoa, reforçou seu posicionamento sobre a mendicância, tema que ele considera uma verdadeira chaga aberta na cidade e que merece uma atenção dos poderes públicos. Ontem ele declarou na Câmara Municipal que é preciso abrir os olhos das pessoas sobre as implicações de se dar dinheiro nas ruas, sobretudo a crianças, que muitas vezes deixam de freqüentar a escola para ficar esmolando nas ruas e avenidas da capital;
Bruno Farias fez questão de ressaltar que concorda plenamente com a descriminalização da mendicância, cuja revogação do artigo 60 da Lei de Contravenção Penal previa pena de até três meses a quem pede esmolas. “Realmente, é uma incoerência: não tinha sentido um paÃs com tantos necessitados punir quem estivesse mendigandoâ€, declarou.
Para o vereador, “é preciso esclarecer que a intenção de incentivar a não mendicância é justamente uma forma de se cobrar dos poderes públicos ações que permitam que as pessoas não precisem se expor dessa maneira humilhanteâ€. Ele informou, ainda, que não tem intenção alguma perseguir as pessoas necessitadas e, sim, lutar para que elas não precisem ir à s ruas garantir alimentação.
Apoio às entidades
Em entrevista, o vereador revelou que tem andado por entidades filantrópicas e públicas que prestam serviços de acompanhamento aos necessitados e tem testemunhado a preocupação dos profissionais de Assistência Social, no que diz respeito, principalmente às crianças que muitas preferem estar nas ruas fazendo malabarismo a frequentar a sala de aula.
“Na minha concepção, é muito mais meritório e racional que a população, no lugar de dar dinheiro à s pessoas nas ruas, possa apoiar financeiramente as entidades que prestam assistência direta aos necessitadosâ€, opina.
Bruno lembra ainda à s pessoas que costuma dar valores nas ruas que existe o Fundo Municipal da Criança e do Adolescente, que é gerido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social através de um Conselho Gestor cujas doações são dedutÃveis no Imposto de Renda do cidadão e são repassados diretamente para as entidades que prestam serviços de assistência social aos necessitados da capital, “com toda a transparência e a certeza da realização de um trabalho sério feito por pessoas capacitadas e comprometidas, concluiu.
Fonte: Redação WSCOM Online