Uma auditoria especial realizada pelo Tribunal de Contas de Pernambuco em cada gabinete dos vereadores, abrangendo as prestações de contas dos exercÃcios de 2006 e 2007, levanta sérias suspeitas de irregularidades, que incluem a utilização de notas fiscais frias, clonadas ou emitidas por empresas-fantasmas – com registro ou endereço não comprovados ou já extintos – para justificar despesas. Todos os 36 gabinetes dos vereadores passaram pela auditoria especial.
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O JC (Jornal do Comercio) teve acesso a uma parte do relatório da auditoria especial – de número 0605226-5 – apresentado pelos auditores Rogério Fernandes e Fábio Pedrosa. Nele, há citações e reproduções em fac-sÃmile de notas fiscais de diferentes estabelecimentos preenchidas com a grafia de uma mesma pessoa, outras sobre as quais recaem suspeitas de que teriam sido produzidas pelos próprios gabinetes. Existem ainda recibos emitidos por empresas cuja inscrição fiscal foi cancelada anteriormente ou pertence a outro estabelecimento, bem como notas cujo valor teria sido alterado e não bate com as verdadeiras, apresentadas pelo estabelecimento aos auditores.
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Há no relatório um posicionamento do conselheiro (Marcos Loreto) concordando com a afirmação dos auditores de que os eventos apurados “se mostram suficientes à presunção de que os serviços e produtos constantes (das notas fiscais) não foram prestados ou fornecidosâ€. No texto, ele elogia ainda o trabalho dos técnicos do TCE pela gama de informações obtidas junto aos órgãos fazendários.
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Fonte: Jornal do Comercio 05.05.08
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