Prefeito da cidade, a primeira-dama e servidores também foram presos.
A PolÃcia Federal prendeu nesta quarta-feira (1), em Dourados (MS), 28 pessoas suspeitas de práticas de fraude à licitação, corrupção ativa e formação de quadrilha, entre elas o prefeito da cidade, nove vereadores e cinco secretários municipais. As assessorias de imprensa da prefeitura e da Câmara informaram que irão divulgar uma nota após tomarem conhecimento dos motivos das prisões.
A assessoria da Câmara dos Vereadores afirmou que irá aguardar os rumos da investigação para tomar as providências cabÃveis. Dos 12 vereadores da cidade, nove estão entre os presos. Além disso, outros dois foram convocados para prestar depoimento da PF. Ainda segundo a assessoria, nenhum outro funcionário da Câmara foi preso. O procurador jurÃdico da câmara, Ailton Stropa foi até a PolÃcia Federal para acompanhar e analisar o caso. “Todos [vereadores] com quem conversei negaram as acusaçõesâ€, afirma o procurador. Ele prestou um “atendimento emergencialâ€, agora cada preso deve ser atendido por advogados.
Também foram presos a primeira-dama de Dourados, o assessor do prefeito, o diretor de departamento de licitações, e o gestor de compras da prefeitura. O restante dos mandados de prisão é para empresários da região.
A PF afirma que as investigações começaram em maio e que, ao todo, cumpre 29 mandados de prisão temporária e 38 conduções coercitivas (para prestar depoimento) na chamada Operação Uragano. A PF informou que foram encontrados cerca de R$ 150 mil reais em espécie na casa do prefeito.
As prisões são temporárias com duração de cinco dias e pode ser prorrogadas para mais cinco dias. Cerca de 200 policiais federais participaram da operação. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e pela 1ª Vara Criminal de Dourados. De acordo com a PF, as fraudes consistem no direcionamento de licitações por meio de corrupção de servidores públicos e agentes polÃticos.
“Os acordos fechados com as empresas escolhidas ilicitamente rendiam 10% do valor do contrato. Os valores arrecadados serviam para o pagamento de diversos vereadores de Dourados (da situação e da oposição), para caixa de campanha e compra de bens pessoais do prefeito”, informou a polÃcia em nota.
Fonte: G1