A maioria das prefeituras e câmaras municipais do EspÃrito Santo não segue a determinação de instalar auditorias internas próprias. Essa é a conclusão de um levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCES) sobre a situação do controle interno nos 78 municÃpios capixabas. A falta de fiscalização colabora para o surgimento de problemas nas contas de agentes públicos.
Segundo os dados do Tribunal de Contas, apenas 24 prefeituras capixabas possuem algum órgão próprio de controle interno. No entanto, o mais grave é que, das 54 prefeituras que ainda não possuem o sistema, somente sete delas têm algum projeto de instalação em curso ou previsto (veja abaixo a relação completa).
 No levantamento, grande parte das prefeituras da Grande Vitória já possui órgãos de controle interno, com exceção do municÃpio de Guarapari. Entretanto, a situação das prefeituras do interior do Estado é mais delicada, já que nem todas contam com este tipo de expediente, independentemente do tamanho do municÃpio e da arrecadação.
Apesar da falta de um padrão entre as prefeituras interioranas sem órgãos de controle interno, o levantamento revela que até mesmo em municÃpios de porte médio e com arrecadação significativa a fiscalização das finanças fica devendo. Dois exemplos de prefeituras sem auditorias internas são Aracruz e Presidente Kennedy que não possuem qualquer órgão com esse fim dentro de sua estrutura administrativa.
Durante o ano, técnicos do Tribunal de Contas foram aos municÃpios proferir palestras para o auxÃlio na criação de órgãos de fiscalização contábil, financeira, orçamentária operacional e patrimonial nos executivos e legislativos do interior.
No entanto, o descumprimento à recomendação do Tribunal de Contas é um dos maiores obstáculos à aprovação das contas de agentes públicos e facilitador do surgimento de episódios de corrupção, como ocorreu na gestão do prefeito de Aracruz, Ademar Devens (PMDB).
Legislativo
Mesmo com as regras de instalação de órgão de controle também valendo para as câmaras municipais, o levantamento do Tribunal de Contas mostra que a situação nos legislativos é ainda mais grave. Do total de 78 câmaras em todo o Estado, apenas seis possuem um órgão de controle interno, enquanto outras seis prevêem a criação de algum projeto de instalação.
De acordo com a pesquisa, apenas as câmaras de Vitória, Serra, MarataÃzes, Brejetuba, Ponto Belo (com um controlador legislativo) e Cariacica (onde já foi criado o cargo) implantaram o sistema de controle interno. Existem projetos nos municÃpios de Afonso Cláudio, Alegre, Ibitirama, Marilândia, Venda Nova do Imigrante e Viana.
Fonte: Século Diário
Só para informação: no Paraná TODOS implantaram o Controle Interno. O TCE não dá moleza! Assim também com relação aos cargos em comissão de contador e assessor jurÃdico.
É claro que o desempenho e funcionamento desses órgãos de Controle Interno ainda está para ser avaliado. Mas funciona muito bem na maioria dos MunicÃpios Paranaenses.