O aumento da verba de gabinete de R$ 7,2 mil para R$ 12,7 mil, que consta do novo projeto de reestruturação da Câmara Municipal de Maringá é um dos pontos que geram mais debates entre os vereadores. Na busca de um consenso, esse valor deverá ser discutido na próxima semana entre todos os parlamentares. Além da alteração no valor da verba, o novo projeto quer o corte de 56 Cargos de Comissão (CCs).
Quatro vereadores – Carlos Eduardo Sabóia Gomes (PMN), Paulo Soni (PSB), Evandro Júnior (PSDB), e Luiz do Postinho (PRP) – que estão elaborando a proposta de consenso, tentam costurar acordos com os colegas para apresentar o plano na próxima semana.
“Estamos conversando com cada vereador, da oposição e da situação. Queremos fazer o melhor para todos, especialmente para a populaçãoâ€, assegura Evandro Júnior. Ele diz que eventuais sugestões, como alteração na verba de gabinete, deverão ser debatidas entre todos.
“É inevitável o corte de mais CCs, mas 73 CCs, como foi proposto pelo grupo de cinco vereadores, inviabilizaria o trabalho na Câmaraâ€, diz ele, destacando que os assessores são necessários para manter o dinamismo dos trabalhos da Câmara.
O vereador Humberto Henrique (PT) é um dos que acham que a verba de gabinete no valor R$ 12,7 mil é muito alta. “O relatório técnico, feito pelos funcionários do Legislativo sugeriu uma verba de R$ 10,7 mil por mêsâ€, avisa. O vereador diz que há interesse em debater novas ideias. “Eles estão com boa vontade e nós tambémâ€, arremata.
O vereador Manoel Sobrinho (PC do B) é outro que acha a verba muito alta. “É um aumento de R$ 5 mil por mês para cada gabinete. Acho que os R$ 7,2 mil são mais que suficientesâ€. Ele diz também que vai propor isonomia dos CCs do Legislativo com os do Executivo. “Os da Câmara ganham mais.
Se mantiver a atual verba de gabinete e promover a isonomia, a economia será maior. Temos a obrigação de cortar mais e reduzir os gastosâ€, conclui ele, destacando que o novo projeto representa um avanço no sentido de buscar uma proposta que atenda os anseios da sociedade.
O vereador Mário Verri (PT) diz que o corte de apenas R$ 1,15 milhão por ano conforme o novo projeto, é muito pouco diante do primeiro que foi aprovado, com a economia de R$ 684 mil por ano.
“Precisamos dar uma resposta à população, mas não só isso, temos que fazer o certo. Se eles [o grupo de quatro vereadores] não aceitarem sugestões e deixarem do jeito que está, voto contraâ€, dispara. Para Verri, o novo projeto tem aspectos positivos porque permite que o assunto volte à discussão. “E isso mostra que é mesmo necessário mais discussõesâ€, completa.
Ele também avalia como positiva a manifestação da sociedade civil organizada que escreveu uma carta ao prefeito Silvio Barros pedindo que vete ou devolva o projeto que propõe o corte de 18 CCs. Para Verri, a verba de gabinete proposta no novo projeto é muito alta.
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Fonte: O Diário Maringá